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Outono (2010)

by Inerte

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1.
Intro 01:04
(instrumental)
2.
Sobre Omitir 02:13
Talvez o sonho por totalidade não tenha sido em vão mas nos apavoramos com nossa própria intolerância. Agora o cinza das cidades nos impede de ver o sangue em nossas mãos. Vejo o seu olhar e posso sentir o seu pesar Tarde demais pra se notar agonizante se tudo o que nos resta é celebrar o ódio e a desilusão. Talvez esse egoísmo que hoje entope suas veias não seja nada mais que seu instinto - tentar sobreviver e em meio a esse novo paradigma consumindo sua mente, não há mais o que fazer. Vejo o seu olhar e posso sentir o seu pesar Tarde demais pra se notar agonizante se tudo o que nos resta é celebrar o ódio e a desilusão. Já que nesse jogo as cartas foram dadas e o mediador não será você busque um novo acorde pra tentar aliviar a solidão.
3.
Seduzidos pelo caos e rendidos pela ganância por querer devorar a solidão permitindo-se estar cada vez mais sós entre as paredes ilusórias que te impedem de ver, sentir e ouvir Muito mais que um fato, mais que uma regra. E a carne crua que insiste em deixar vestígios da podridão de nossa vaidade. Dos impérios atuais a febre devastadora de amanhã. Nos odores sociais, como sangra a ferida que nós mesmos criamos aqui. Também ouvimos falar sobre redenção e definitivamente, não se purifica o espírito com sangue!
4.
Outono 02:19
Sobre as noites em que os estalos dos ponteiros de um relógio desregulado fizeram lembrar que a próxima estação não espera até trazer novos ventos capazes de ressecar nossos joelhos, nossos lábios e tudo aquilo que sentimos e assistimos ruir. Um enxame de sensações que agora não inflamam mais, já não fazem inchar. Confrontam e morrem neste ponteiro que não aponta pra lugar algum.
5.
Caminhamos rápido demais e sem saber ao certo pra onde. Queremos rir, mas às vezes parece impossível quebrar o que já foi quebrado E é bem verdade que nossas vidas são mesmo diferentes dos últimos livros que temos lido. Impulsionados por ardentes desejos e reprimidos pela moral só fizemos escavar a fundo da dor onde reina o frio Infelicidade recíproca minhas unhas sujas de tanto rancor. Seguro em suas mãos tão limpas, porém tão frias. O que reflete me faz dizer o que nunca foi dito aqui e para um texto sem nexo invento uma melodia que faz ressuscitar um ritmo morto mais um ritmo morto? Dançaremos o ritmo morto. Mais uma noite em vão? Somos muito mais que isso. Mais uma noite em vão? Somos muito mais que vícios muito mais que regras.
6.
Por onde devo começar? De quando deixei palavras por dizer ou da vingança que jurei e não cumpri? Agora pouco importa! Se já não cumpro o que prometo e não sou mais quem finjo ouvir. As placas desta avenida dizem: “Tanto faz!” Enquanto a carne sangra até dispenso a vida calma A felicidade é sempre tão fugaz. E no silêncio virulento que hoje me escapa cuspo um mar de desprazeres viçosos desenterrando sentidos que desde sempre martelam meus ombros Soluço um grito por entre os dentes um brado ao infinito Isso nem sempre me faz sentir Resistir é tão pouco quando a altura dos muros determina o valor de suas obsessões Sussurrando frases que já foram berradas aqui não se sente nada que não seja o mau cheiro de uma liberdade cativa e infectada pela agonia. Sim, nos tornamos bons soldados e já não temos muito a dizer! Só nos resta a lembrança do tempo em que pensávamos ter escapado. Uma atmosfera de eternidades reduzidas a pó.
7.
Pouco tempo prestes a me tornar mais vulnerável pelas próximas oito horas eu acordo com o ronco de um motor Produzir, exportar, vender, comprar, especular Muitas metas, poucas pernas. Vários métodos frágeis demais Relógios, cargos, bombas pessoas prostituídas às paixões de verdadeiros bandidos civis. Quanto vale cada frustração nesse dinamismo de interesses pessoais? Quanto vale cada frustração nesse dinamismo? Olhar o espelho e enxergar o pilar de sua própria emancipação mas fingir não ver, não fará de você menos matéria-prima no processo de construção das bases de sua própria extinção.

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released March 1, 2010

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